9 de agosto de 2017

Você sabe se gerenciar?

Quem administra sua carreira? Se você não é um superstar, acredito que a resposta para esta pergunta seja: “eu mesmo”. Hoje em dia não é papel das empresas administrar a carreira dos seus funcionários. Cabe a eles, gerenciar a si mesmo e presidir a sua própria carreira, garantindo que ela seja mais bem sucedida possível, […]

Quem administra sua carreira? Se você não é um superstar, acredito que a resposta para esta pergunta seja: “eu mesmo”. Hoje em dia não é papel das empresas administrar a carreira dos seus funcionários. Cabe a eles, gerenciar a si mesmo e presidir a sua própria carreira, garantindo que ela seja mais bem sucedida possível, mas também, se necessário, saber a hora de mudar o rumo e manter-se produtivo durante sua vida ativa.

Para isso, é necessário entender seus pontos fortes e fracos e saber em que tipo de posição você se sairá melhor.

Peter Drucker, no artigo para a Harvard Business Review, Managing oneself, diz que todos nós devemos aprender a gerenciar a si mesmo, a nos desenvolver, nos encaixar onde possamos dar a maior contribuição e que teremos que ficar mentalmente alertas e engajados durante a nossa vida produtiva, que pode durar 50 anos.

Drucker diz que o sucesso vem para quem conhece a si mesmo. Será que você se conhece? Acompanhe o nosso post e descubra!

Quais são meus pontos fortes?

É mais fácil saber no que não somos bons do que o contrário. Só que você só irá apresentar um bom desempenho e, consequentemente, ser bem sucedido, a partir dos seus pontos fortes.

“O único jeito de descobrir essa fortaleza é analisando o feedback. Sempre que tomar uma decisão crucial ou uma medida importante, anote o que espera que ocorra.” DRUCKER, Peter F. Managing Oneself (1999).

Para isso, pense onde os seus pontos fortes podem gerar resultados, reforce suas habilidades e, se necessário adquira novas. Procure entender se algo está inibindo a eficiência do seu desempenho e procure corrigir tal hábito.

Como eu me desempenho?

A forma como uma pessoa se desempenha é única. Segundo Drucker, é uma questão de personalidade.

É basicamente saber no que você é bom ou não. Alguns traços comuns da sua personalidade vão determinar o modo como você se desempenha, tal modo pode até ser ligeiramente modificado, mas muito dificilmente ele será totalmente transformado.

Ele define dois tipos de perfil, o leitor e o ouvinte. Isso quer dizer que algumas pessoas absorvem melhor um conteúdo quando lêem, outras quando ouvem. Dificilmente um ouvinte poderá se transformar em um leitor, e vice-versa, e raramente alguém será ambos.

Para saber se você é leitor ou ouvinte, pense por exemplo em uma reunião de trabalho. Você é daqueles que ouve tudo sem sequer pegar no papel para anotar algo e quando questionado sobre algum tópico da reunião consegue lembrar o que foi dito? Se sim, provavelmente você é um ouvinte. Já se você anota tudo porque sabe que vai precisar ler depois, é bem provável que você seja um leitor.

Quais são os meus valores?

Pergunte-se: “Que tipo de pessoa eu quero ver no espelho pela manhã?”.

Muitas pessoas na hora de candidatar-se a uma vaga de emprego, por exemplo, não procuram saber se os valores daquela organização são compatíveis com os seus. Isso em longo prazo levará a frustração, assim como ao não-desempenho.

Empresas, assim como as pessoas, possuem valores. Para ter sucesso numa empresa, os seus valores devem ser compatíveis com os valores da empresa.

Qual o meu lugar?

Uma pessoa comum pode se transformar em um talento espetacular se souber qual o seu lugar no mundo. Igualmente importante saber qual é o seu lugar no mundo, é saber qual não é. Por exemplo, se você sabe que não se desempenha bem numa grande organização, então você deverá saber dizer não caso apareça uma oportunidade para trabalhar em uma.

Qual deve ser a minha contribuição?

Para responder esta pergunta, você deverá voltar aos seus pontos fortes, em como se desempenha, em seus valores e se perguntar como pode dar a maior contribuição diante daquilo que precisa ser feito e, por fim, pergunte-se que resultados precisam ser alcançados para fazer a diferença.

Drucker ressalta que em primeiro lugar, os resultados devem ser difíceis de atingir, mas também não podem ser inatingíveis. Em segundo lugar, eles precisam ser visíveis e, se possível mensuráveis. Daí surgirá o curso da ação, ou seja; o que fazer, onde e como começar, que metas e prazos estabelecer.

Se gerenciar irá exigir que você pense e aja como um CEO, só que nesse caso a empresa é você, e o sucesso da “sua organização” dependerá do seu esforço.

E aí, você sabe se gerenciar? Deixe seu comentário!

Fonte: DRUCKER, Peter F. Managing Oneself (1999), Harvard Business Review.

CTA-capacity-planning