2 de agosto de 2017

O que é Gestão da Mudança e Por Que Isso Importa Para seu Negócio?

A Gestão da Mudança (GM) refere-se a qualquer abordagem para gerenciar a transição de um negócio diante de decisões de grande impacto, como a reorientação da utilização de recursos estratégicos, elaboração de novos processos operacionais, modificação das dotações orçamentárias e tantas outras decisões. A GM busca trabalhar com todos os níveis da empresa para adaptá-los […]

A Gestão da Mudança (GM) refere-se a qualquer abordagem para gerenciar a transição de um negócio diante de decisões de grande impacto, como a reorientação da utilização de recursos estratégicos, elaboração de novos processos operacionais, modificação das dotações orçamentárias e tantas outras decisões.

A GM busca trabalhar com todos os níveis da empresa para adaptá-los à mudança. Desde o indivíduo, até a organização como um todo, passando por equipes, gerência e diretoria executiva.

Por isso, trata-se de uma abordagem única! Frequentemente, a gestão de mudança não é utilizada adequadamente dentro do ambiente empresarial, que a trata como sinônimo de gestão de projetos ou como gestão de inovação radical, cujo objetivo é mudar drasticamente determinada cultura empresarial. No entanto, se os gestores querem mudanças que realmente deem certo, eles deverão procurar as características trazidas pela GM.

Uma das principais características, por exemplo, está centrada na forma como as pessoas e as equipes são afetadas por uma transição organizacional. Trata-se, portanto, de uma abordagem multi e interdisciplinar, na qual se cruzam os saberes das ciências comportamentais e sociais, da tecnologia da informação e das soluções para negócios.

Confira essa e outras características e entenda por que a gestão de mudança importa para o seu negócio!

As funções da gestão de mudança dentro de uma empresa
  • Patrocínio: garantir que exista patrocínio ativo para a mudança na alta hierarquia de uma organização e engajá-la para alcançar os resultados desejados.
  • Buy-in: o buy-in é o que cada um abre mão inicialmente para entrar em um jogo. A GM buscará conquistar o máximo de recursos iniciais possíveis de todos aqueles envolvidos, direta e indiretamente.
  • Envolvimento: envolver as pessoas certas na concepção e implementação de mudanças, para garantir que as mudanças certas sejam feitas.
  • Impacto: avaliar como as mudanças vão afetar as pessoas.
  • Comunicação: dizer a todos quem será afetado pelas mudanças.
  • Prontidão: deixar as pessoas prontas para se adaptarem às mudanças, assegurando que elas tenham a informação correta, formação e ajuda.
As principais tarefas da gestão da mudança para garantir o cumprimento de seus objetivos
  • Garantir que haja uma comunicação clara e objetiva das razões para a mudança.
  • Identificar todos os “agentes de mudança” e todas as outras pessoas que precisam estar envolvidas em atividades de mudança específicas, tais como o setor de design, a equipe de testes e o time de resolução de problemas. Eles agirão como embaixadores da mudança.
  • Avaliar todas as partes interessadas e definir a natureza do patrocínio, do envolvimento de cada ator e da comunicação que será utilizada.
  • Planejar o envolvimento e as atividades dos patrocinadores da mudança.
  • Planejar como e quando as mudanças serão comunicadas, além de organizar e/ou entregar as mensagens de comunicação.
  • Avaliar o impacto das mudanças sobre as pessoas e a estrutura da organização e quais atividades de planejamento são necessárias para enfrentar os impactos da mudança.
  • Assegurar que as pessoas envolvidas e afetadas pela mudança compreendem o processo.
  • Certificar-se de que pessoas envolvidas ou afetadas tenham ajuda e apoio durante tempos de incerteza e turbulência.
  • Identificar e definir os indicadores de sucesso para a mudança e garantir que eles sejam regularmente medidos e relatados.
Os impactos da gestão de mudança
Segurança na organização

Qualquer transformação irá gerar “questões pessoais”, pois novos líderes serão convidados para o jogo, as funções de algumas equipes e funcionários serão alteradas, novas habilidades e capacidades deverão ser desenvolvidas, e, certamente, os funcionários ficarão incertos e resistentes.

Lidar com estas questões de forma reativa — ou seja, à medida que os problemas surgem — é um risco muito grande. Assim, é necessária a abordagem formal da gestão da mudança, começando com as equipes de chefia e, em seguida, envolvendo os principais interessados e líderes. Tudo isso deve ser resolvido muito cedo, já no planejamento.

Portanto, exigirá a coleta de muitos dados, análises e planejamento para executar o redesenho de suas estratégias, sistemas ou processos. A abordagem de gerenciamento de mudanças deve ser integrada à concepção dos seus programas internos e das estratégias de tomada de decisão. Além disso, não deverá basear-se numa avaliação realista da história da organização, tendo em vista critérios como a prontidão e a capacidade de mudar.

Melhora na comunicação

Comunicar a mensagem. Muitas vezes, os líderes da mudança cometem o erro de acreditar que os outros estão em sua cabeça e sentem como eles a necessidade de mudar. Os melhores programas de mudança não tomam nada como garantido e, assim, reforçam desde as mensagens principais, até o aconselhamento  regular a respeito de questões simples.

Um aspecto que sua empresa certamente perceberá é: a comunicação flui de cima para baixo. Assim, a direção toma as decisões, comunica à gerência e as informações são direcionadas no momento certo. Muitas vezes, isso exigirá um grande esquema de comunicação que utilizará diversos canais e que, frequentemente, transmitirá dados redundantes.

Representação nos vários níveis da empresa

Os programas de mudança bem-sucedidos ganham velocidade e intensidade, à medida que vai atingindo novos setores da empresa. Por essa razão, é extremamente importante que os líderes entendam e representem a cultura e os comportamentos de cada nível da organização.

As empresas, muitas vezes, cometem o erro de avaliar a cultura quando é tarde demais. No entanto, diagnósticos culturais completos são essenciais, pois podem avaliar a prontidão organizacional de mudar, trazer grandes problemas à superfície, identificar os conflitos e definir fatores que podem gerar resistência.

Esses diagnósticos identificam os valores fundamentais, as crenças, os comportamentos e as percepções que devem ser levadas em conta para a mudança de sucesso. Eles servem como linha de base comum para a criação de elementos de mudança essenciais, tais como uma nova visão corporativa, a construção de uma nova infraestrutura e a criação de programas necessários para impulsionar a mudança.

Gerenciamento de risco

No programa de mudança, nada estará completamente de acordo com o plano. As pessoas reagem de maneiras inesperadas, o mercado muda constantemente e alguns fatores extrínsecos à sua empresa podem gerar resistência.

Portanto, efetivamente, gerir a mudança exige reavaliação contínua do seu impacto, das suas vontades e capacidade para lidar com as consequências de cada etapa da mudança. Somente com uma visão realista, apoiada em dados de campo e informações corretas, você poderá garantir que os ajustes sejam feitos de forma eficaz.

Assim, as mudanças significativas de uma empresa devem ser geridas de forma específica, avaliando os seus verdadeiros impactos. Tratá-la como um projeto ou como uma inovação radical não conseguirá lidar com os aspectos emocionais e comportamentais criados em seus colaboradores durante o processo. Já a gestão de mudança trará todas as ferramentas necessárias para que sua empresa seja capaz de planejar cada ação de forma global.

Compreendeu a importância da gestão de mudança dentro de sua empresa? Quer aprender como gerir melhor seu negócio? Então, leia o nosso artigo a seguir: Como fazer um plano de ação e qual a sua importância para uma empresa?