10 de junho de 2017

Trabalhar para viver, não viver para trabalhar

Era uma vez uma empresa que tinha, dentro seu quadro de colaboradores, dois funcionários muito conhecidos, João e Mário. Eles eram considerados exemplos de bons profissionais, admirados pelo seu empenho e dedicação à empresa. No entanto, tinham uma grande diferença entre eles. João estava o tempo todo ligado no trabalho. Passava a maior parte do […]

Era uma vez uma empresa que tinha, dentro seu quadro de colaboradores, dois funcionários muito conhecidos, João e Mário. Eles eram considerados exemplos de bons profissionais, admirados pelo seu empenho e dedicação à empresa. No entanto, tinham uma grande diferença entre eles.

João estava o tempo todo ligado no trabalho. Passava a maior parte do tempo no escritório, analisando projetos, conferindo dados, checando informações mais de uma vez. Era como um cão de guarda. Mesmo fora da empresa, estava preocupado com o trabalho. Não conseguia viajar, pouco se divertia, tinha poucos amigos. E suas relações amorosas tendiam a ser um desastre atrás do outro.

Mário era diferente. Trabalhava muito, mas, nas horas de folga, também descansava muito. Vivia cercado de amigos e familiares. Porém, como sempre gostou do seu trabalho, cumpria muito bem as tarefas. Geralmente era admirado por soluções rápidas, eficazes e até mesmo brilhantes.

Esses dois exemplos mostram a diferença entre quem é viciado no trabalho, que em inglês é chamado de workaholic, e quem adora o que faz, no caso, um worklover. João, nosso exemplo de workaholic, pode ser o perfil de inúmeros profissionais. Muitos, como ele, acabam colocando a carreira profissional acima de qualquer coisa. Quem não conhece alguém que se divorciou por ficar muito tempo no trabalho? Ou então aquela história que costuma aparecer em diversos filmes, de pais que não podem acompanhar o filho ou a filha em algum evento porque estão sempre ocupados.

Já a vida do Mário, que em nossa história representa o worklover, é diferente. Ele sabe da importância do trabalho na sua vida, mas vive de acordo com o momento. Nas férias, ele prioriza o descanso. Quando está com a família, curte a companhia da esposa, dos filhos. E com amigos, busca sempre reforçar a amizade. Ou seja, Mário faz tudo com paixão e se envolve em tudo o que faz.

Estudos comprovam que um workaholic pode parecer ser o melhor profissional, com dedicação exclusiva a uma empresa, mas a longo prazo isso será muito prejudicial tanto para a empresa como para o profissional. O estresse é geralmente o primeiro sintoma. Assim, o workaholic não apenas deixa de ser produtivo como passa essa energia negativa também para seus colegas e colaboradores. O ambiente na empresa fica pesado, influenciando toda uma cadeia produtiva. Outro ponto negativo é que, sem ter uma vida completa, o workaholic deixa de ser dinâmico, de ter criatividade. Acaba ficando preso nas tarefas e ocupações às quais se ambientou, ou pior, se viciou.

Estamos chegando em dezembro, mês de descanso, festas com nossos familiares, o calor do Verão batendo na porta. Se você tem tendência a ser o João dessa história, aproveite esse período para mudanças. Fazer uma autoanálise é importante. Reveja o que se passou esse ano, se você conseguiu importantes realizações no trabalho, se construiu momentos inesquecíveis com a família, se manteve e começou novas amizades. Comece 2013 de maneira positiva. Lembre-se sempre da frase do personagem Ferris Bueller, do filme Curtindo a Vida Adoidado: “A vida passa muito depressa. Se não paramos para curti-la de vez em quando, ela passa e você nem vê!”.

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